
Rosinha, Minha Canoa
Um livro que fica impregnado em nossa alma, um verdadeiro hino à ecologia, uma lição para quem vive nas cidades e uma verdadeira oração para quem compartilha a dureza e a beleza da vida no campo.
Zé Orocó, personagem principal, nos mostra que a felicidade caminha de maõs dadas com a alma e a liberdade.
A liberdade, de escolher, de conduzir sua própria vida, sem dar trela as idéias pré-concebidas, as regras ditadas, por poucos, para muitos.
A paciência, é a única saída para livrar a alma, quando não se pode mais livrar o corpo dos grilhões impostos pelo sistema.
Rosinha Minha Canoa é uma estória singela e cativante, que transforma a vida simples do caboclo Zé Orocó, em uma luta na busca da liberdade da sua alma, que verga, mas não quebra diante da adversidade. Quando tudo parece perdido e acabado, Zé Orocó chuta o balde, e segue sua vida, segundo o seu entendimento.
Esse livro foi para mim uma lição de vida. Carrego até hoje a emoção dessa aventura, que enche o espírito de esperança e fé na nossa caminhada e na realização de nossos sonhos.
Um livro simples, mas cheio de emoção e de respeito pela vida. Em momento algum o leitor se sente ofendido ou contrariado por esse ou aquele pensamento, mesmo para aqueles que passam a vida, entre canoas e cavalos falantes, como nós outros.
José Mauro de Vasconcelos não foi só um escritor que vendia livros como água, nos anos 70, mas um autor amplamente criticado pela mídia, tido injustamente, como escritor de segunda linha, já que escrevia para o publico juvenil, como se morasse aí, algum pecado original e imperdoável, que condenasse essas obras de espírito leve e agradável, que tanto nos dá prazer.
Campeão de vendas, parece que seu sucesso junto ao público incomodava a critica, enquanto seu estilo, leve e emocionante, pegava em cheio na sensibilidade dos leitores.
José Mauro de Vasconcelos:
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